domingo, 10 de fevereiro de 2008

Imagens de Microscopia de Urinálise

Olá Pessoal, segue algumas imagens de microscopia, tiradas exclusivamente do atlas do Professor João Smelan...rs Grande professor que admiro muito. Espero que apreciem!
HEMÁCIAS E LEUCÓCITOS
LEVEDURAS EM BROTAMENTO

HEMATÚRIA

LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS

ESPERMATOZÓIDES

ENTEROBIUS

FUNGOS

TRICHOMONAS

Urinálise - Exame de Urina - Parte 3

Exame Microscópico - Procedimentos

- Usando tubos cônicos, enchê-los de urina até a marca de 10 mL.
- Centrifugar os tubos a 2500 r.p.m. por 10 minutos
- Retirar o sobrenadante deixando 1 mL no tubo
- agitar o tubo e colocar a urina com capilar ou pipeta, na câmara de Newbauer
- Proceder leitura no microscópio (40x) - primeiro focar com uma objetiva menor e depois proceder para a objetiva maior.

Contagem no exame microscópico:

- Se for contado um quadrante: multiplicar o valor de hemácias e leucócitos encontrados por 1.000
- Se for contado os 4 quadrantes da câmara, multiplicar o valor encontrado por 250 e liberar o resultado por mL.
- Cilindros multiplicar o valor encontrado por 110, separando os tipos encontrados.

É importante observar se a quantidade de elementos está homogênea no quadrante para não obter resultados enganosos. Se por exemplo encontrar 10 leucócitos em um quadrado, observar se a média de, pelo o menos, 3 quadrados está a mesma. Se no caso encontrar muitos leucócitos e poucas hemácias ou vice-verso, observar e fazer a contagem individual do elemento no quadrante inteiro.

OBSERVAR A PRESENÇA DE: LEVEDURAS, CILINDROS, HEMÁCIAS FANTASMAS, FILAMENTOS DE MUCO, CRISTAIS, ESPERMATOZÓIDES, TRICHOMONAS VAGINALIS

Observar:
Filamentos de Muco: Raros, Vários, Alguns, Numerosos
Leveduras: Raras, Várias, Algumas, Numerosas
Cristais: Raros, Vários, Alguns, Numerosos (Citar o tipo encontrado)
Trichomonas Vaginalis: Citar presença
Espermatozóides: Citar presenças (apenas em urinas de homens).
Bactérias: Raros, Vários, Alguns, Numerosos

Urinálise - Exame de Urina - Parte 2

Cor:
A cor da urina emitida por indivíduos normais, varia de amarelo-citrino a amarelo âmbar fraco, segundo a concentração de pgmentos urocrômicos e, em menor medida de urbilina, uroeritrin, uroporfirinas, riboflavinas, etc. Quandoe m repouso a urina escurece provavelmente pela oxidação de urobilinogênio. Existem vários fatores e constituintes que podem alterare a cor da uirna, incluindo substâncias ingeridas, atividade física, assim como diversos compostos presentes em situações patológicas. As cores comumente encontradas são:

Amarelo clara: é encontrada em pactes poliúricos, diabetes melito e insípido, insuficiência renal avançada, elevado consumo de líquidos, medicação diurética e ingestão de álcool.

amarelo escuro ou castanho: freqüente nos estados oligúricos, anemia perniciosa, estados febris, início de icterícia (presença anormal de bilirrubina), exercício vigoroso e ingestão de arirol, mpacrina, ruibarbo e furandantoínas.

Alaranjada ou avermelhada: é comum em presença de hematúria, hemoglobinúria, mioglobinúria, icterícias hemolíticas, porfirinúrias, e no empredgo de anilina, eosina, fenolftaleína, rfocina, sulfanol, tetranol, trional, xantonina, beterraba, vitamina A, derivados de piridina, nitrofurantoína, fenindiona e contaminação menstrual

Marrom-escuro ou enegrecida: ocorrre no carcioma de bexigam glomerulonefrite aguda, meta-hemoglobonúria, alcaptonúria, febres palustres, melanoma maligno e uso de metildopa ou levodopa, metronidazol, argirol e salicilatos.

Azulada ou esverdeada: deve-se à infecção por pseudomonas, icterícias antigas, tifo, cólera e pela a utilização de azul de Evans, azul de metileno, rboflavina, amitripilina, metocarbamol, cloretos, infican, fenol e santonina (em pH ácido).

Esbranquiçada ou branco leitosa: está presente na quilúria, lipidúria maciça, hiperoxalúria primária, fosfatúria e enfermidades purulentas do trato urinário.

Densidade:
É uma função direta, mas não proporcional do número de partículas na urina. A concentração de solutos na urina varia com a ingestão de água e solutos, o estado das células tubulares e a influência do hormônio antidiurético (HAD) sobre a reabsorção de água nos túbulos distais. A incapacidade de conentrar ou diluir a urina é uma indicação de enfermidade renal ou deficiência hormonal (HAD). Em condições normais (dieta e ingestão de líquidos habituais) o adulto de ambos os sexos produz urinas com densidades de 101 a 1025 g/L, num período de 24 horas. Para uma amostra de urina ao acaso, a densidade pode variar de 1002 a 1030 g/L. Se na fita der uma densidade baixa e o exame microscópico revelar quantidades grandes de hemácias ou leucócitos, deve se aumentar a densidade no laudo (1020 a 1025).

Nitritos +:
É uma prova inidireta para o diagnóstico preoce de bacteriúria significativa e assintomática. Microorganismos comumente encontrados nas infecções urinárias, tais como Escherichia coli, Enterobacter, Citrobacter, Klebsiella e espécies de Proteus contém enzimas que reduzem o nitrato da urina em nitrito. Se tiver mais de 10.000 leucócitos, colocar bactérias freqüentes e odor fétido. Se tiver abaixo de 10.000 leucócitos, desconsiderar o Nitrito +.

Glicose:
Os açucares são componentes normais na urina. Sendo moléculas pequenas, a glicose e outros açucares são facilmente filtrados através dos glomérulos. Para evitar a perda, os carboidratos são reabsorvidos por mecanismos de trasnporte ativo nos túbulos proximais. O mecanismo é bastante eficiente e remove quase toda a glicose normalmente filtrada pelo glomérulo. Quando a concentração de glicose plasmática ultrapassa 180 mg/dL, a capacidade de reabsorção é excedida e o açúcar passa para a urina. Mesmo com teores normais de glicose sanguínea, algum açúcar pode ser encontrado na urina, pois é impossível aos túbulos renais serem totalmente eficientes na capacidade de reabsorção. Quantidades significantes de glicose são detectadas na urina quando houver elevadas concentrações de glicose no sangue, como ocorre no diabetes. A glicose também é encontrada na urina em certas enfermidades do túbulo proximal (síndrome de Fanconi e nefropatia tubular avançada) que podem impedir a capacidade de absorção. No teste de fitam açucares como a galactose, frutose e lactose não interferem com o teste, porém elevadas concentrações de ácido ascórbico, ácido homogentísico, aspirinas, cetonas ou uratos podem provocar a inibição da reação.
Pacientes com diabetes é mais propenso a ter infecções por motivos de lesão renal, devido a urina conter açucar é um meio mais propício para o crescimento bacteriano.
Glicose + Corpos cetônicos = Diabete descompensada.

Corpos Cetônicos: As cetonas são formadas por três substâncias: Acetado, b-hidroxibutirato e acetona. A excessiva formação desses compostos por distúrbiosno metabolismo dos carboidratos e lipídios porovoca o aumento na concentração sanguíena (cetonemia) com a conseqüente excreção urinária (cetonúria). Ocorre a redução de cetonas por volatilização em urinas não analisadas logo após a coleta e/ou não refrigeradas. Cetonúria é indicativo de jejum prolongado, vômito, regime, etc. Ocorre liberação de cetonas, pela queima de lipídios como energia no lugar de glicose. Auxilia na avaliação de diabetes descompensada.

Urobilinogênio: é um pigmento biliar resultante da degrdação da hemoglobina. É formado no intestino a partir da redução da bilirrubina pelas bactérias intestinais. Parte dos urobilinogênio [e reabsorvido no intestino, caindo no sangue e levado ao fígado. Ao passar pelos rins é filtrado pelos glomérulos. Encontra-se grande quantidade de urbilinogênio na urina nas hepatopatias e distúrbios hemolíticos,

PH:
o pH urinário reflete a capacidade do rim em manter va concentração normal dos íons hidrogênio no líquido extracelular. Para conservar um pH constante no sangue (ao redor de 7,4), o glomérulo excreta vários ácido produzidos pela atividade metabólica, tais como ácidos sulfúricos, fosfórico, cítrico, clorídrico, pirúvico, láctico, além dos corpos cetônicos. Os ácidos são excretados principalmente com o sódio. Nas células tubulares, os íons hidrogênio são trocados pelo sódio presente no filtrado glomerular, e a urina torna-se ácida. Os íons hidrogênio são também excretados como íons amônio, Normalmente o PH da urina varia entre 4,6 e 8,0. Níveis abaixo ou acima não são fisiologicamente possíveis.

Hematúria e Hemoglobinas:
Hematúria é a presença de um número anormal de hemácias na urina sendo encontradas em pacientes com sangramento ao longo do trato genitourinário. Hematúria maciça, que resulta em urina cor de rosa, vermelha ou marrom, pode ocorrer nas infecções do trato urinário, cálculo renal, tumor do trato urinário, rim polistico e glomerulonefrite pós-estreptocica. A maior parte dos casos de hematúria são microscópicas. A presença de cilindros eritrocitários é a evidência definitiva de sangramento parenquimal renal.

Hemoglobinúria indica a presença de hemoglobina em solução na urina e reflete hemólise intravascular que ocorre durante episódios de síndrome urêmica hemolítica, púrpura trombocitopênica trombótica (PTT), hemoglobinúria paroxística noturna, reações transfusionais hemolíticas, hemólise por toxinas bacterianas (septicemia), veneno de cobra ou aranha, malária e queimaduras severas. Exercícios extenuantes pode ser seguidos de hemoglobinúria. A hemoglobina aparece na urina quando a capacidade de ligação da haptoglobina plasmática estiver saturada. A hemoglobina plasmática é metabolizadaq pelas células renais e ferritiona e hemossiderina, detectadas na urina usando o coantes azul de Prússia. Macrohematúria é a quantidade de sangue detectadas pela visualização da amostra. Microhematúria é o caso onde as hemácias são encontradas somente no exame microscópico.

A importânica do estabelecimento do diagnóstico diferencial entre hemogobinúria e hematúria, a análise do sedimento urinário revela, em se tratando de hematúria, a presença de hemácias intactas, enquanto na hemoglobinúria, não são encontradas hemácias, ou se existirem, são em número reduzido. Como a hemoglobinúria é um achado incomum, um teste positivo para a hemoglobina com um sedimento urinário normal deve ser melhor investigado. Urinas muito alcalinas ou com densidade urinária muito baixa (<1007) podem provocar hemólise dos eritrócitos, liberando o conteúdo de hemoglobina na urina. A presença de hemoglobina é considerada hematúria quando é conhecida a sua origem, apesar de grande dificuldade em distinguir da hemoglobinúria verdadeira.

Proteínas:
algumas causas de proetínas na urina podem ser: lesão da membrana glomerular (distúrbios do complexo imune, amiloidose, agentes tóxicos), comprometimento da reabsorção tubular, mieloma múltiplo, nefropatia diabética, pré-ecâmpsia, proetinúria ortostática e postural.

Bilirrubina:
A bilirrubina conjugada pode estra presente na urina de pctes portadores de enfermidade hepatocelular ou icterícia obstrutiva pelo seu extravasamento para a circulação. Muitas vezes a bilirubinúria precede a icterícia clínica. A icterícia ocasionada pela grande destruição de hemácias não produz bilirrubinúria, pois a bilirrubina sérica está presente na forma não-conjugada, insolúvel em água, e assim não pode ser excretada pelos rins. Pigmentos biliares: a presença é indicativa para problemas no fígado

Urinálise - Exame de Urina - Parte 1

Olá pessoal, hoje começarei a colocar postagens sobre o exame de urina tipo I, é um dos exames mais pedidos pelos médicos, e pelo o contrário que muita gente pensa, não é um exame fútil, e sim muito importante que pode determinar infecções do trato urinário e indicar diversas patologias, sendo o tempo um fator importante, principalmente no diagnóstico microbiológico, sendo que um diagnóstico preciso e rápido é importante para a evolução da infecção e a administração de medicamentos pelo médico, e como aprendemos, o rim é um órgão nobre, importantíssimo para a manutenção da vida.

Devemos realizar esse exame pensando que por trás daquela urina existe uma vida, alguém que possa estar enfermo, precisando de nossa competência e dedicação para poder ser medicado e cuidado. A dedicação tem que começar desde a coleta, uma coleta mal executada, sem assepssia correta, contamina a urina do paciente, podendo causar erros diagnósticos . Imagina só, um paciente com infecção do trato urinário, sentindo fortes dores lombares ou supra-púbicas, ardência ao urinar, febre, calafrios, prostração, enfim, uma pessoa que está sofrendo muito, que precisa de um diagnóstico confiável, e essa pessoa sendo um ente querido seu? Pense, você gostaria que o biomédico e a equipe dele tratasse com desdém essa urina do seu ente querido? tenho certeza que não! Então caros colegas e futuros biomédicos, pensem nisso!

Então vamos lá, falemos mais sobre o exame!

Relembrando!!!!!!!!!!!!
Como todos sabemos, a urina é um filtrato sanguíneo, e no rim, ureter e bexiga é estéril.

Vias de Infecção Urinária:

Via hematogênica
Via Ascendente

Na coleta:
Deve ser a 1ª urina da manhã ou no caso amostras de urgência essa urina deve estar o mais tempo possível na bexiga. Deve ser de jato médio, ou seja descarta-se o 1º jato, colhe-se o jato médio e descarta o final.

Assepsia da coleta:
Homens - afastar prepúcio e lavar com sabonete neutro
Mulheres - afastar os grandes lábios e lavar com sabonete neutro

*pacientes pediátricos (revisado pelo Eric), a coleta é realizada com saco coletor e o correto é a troca a cada 20 minutos no caso de cultura sendo que o uso prolongado fica exposto à contaminação por bactérias presentes na biota, alterando os resultados.
O saco coletor poderá permanecer no paciente, desde que, não esteja contaminado com outras excreções. A não troca do saco coletor acarretará no aumento do nº. de bactérias, estás que se proliferam muito rapidamente, mas, sabemos que a urina I, não é um bom exame para se analisar a quantidade de bactérias. já que o saco para urina não é estéril e muito menos os frasquinhos. Porém a assepsia antes da coleta é muito importante. Já na cultura de úrina, a troca do saco coletor, deverá acontecer a cada 20 minutos, tb, a cada 20 minutos deverá acontecer nova assepsia, O saco deve ser estéril, e a assepsia do paciente antes da coleta tem que ser muito rigorosa !!

FATOR IMPORTANTE: Entre a coleta e a análise da urina deve ser rápida, no máximo em 1 hora após a coleta, porque hemácias e leucócitos podem lisar e também ocorrer o crescimento bacteriano alterando os resultados, não sendo um diagnóstico confiável. Portanto não enrolem em fazer o exame do paciente, nada de cafezinhos e bate papo quando receberem o potinho de urina...rsrsrs!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Imagem Interessante!


Olá Galera, aí vai uma imagem do fluxo sanguíneo em um capilar, olhem bem as hemácias, eu particularmente achei interessante.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Atividade de Hematologia II

Começou hoje a aula de hematologia com a professora Cinthya e ela já nos passou um seminário. A classe deverá se dividir em 5 grupos e cada grupo deverá escolher o tema. Esse seminário deverá ser apresentado no próximo dia 20 de Fevereiro.

Aí vai os temas:

Tema 1:

- Proliferação e maturação das "Stem Cells" (Células Pluripotentes Inespecíficas) e a importância do estroma para hematopoiese.

Tema 2:
- Sequência de maturação com as características de cada célula, fatores de crescimento e maturação, enfatizando as principais alterações celulares, a localização das células (M.O. e sangue periférico), com desenhos em cartolina.

- A) Linhagem mielóide eritrocitária
- B) Linhagem mielóide granulocítica / monocítica /eosinocítica
- C) Linhagem mielóide basofílica e megacariocítica
- D) Linhagem linfocítica

* Enfatizar em todos os temas a importância e principais funções das células.